Lisboa, 20 de Fevereiro de 1994
Querida Marta,
"São quatro e meia da manhã. Hoje apanhei o maior susto da minha vida. Quando cheguei a tua casa, encontrei o Diogo no pior estado que se possa imaginar. Tinha levado uma tareia de uns a quem deve dinheiro e estava tão em baixo que quase não conseguia falar. "
"Foi então que me pediu por tudo para que lhe fosse arranjar uma dose. Transpirava por todos os poros e tremia que até fazia impressão. Telefonei à Rita e, meia hora depois, ela apareceu com o pó."
"Ele pediu-me tanto para eu não o deixar que fiquei ali parada, sem coragem para mexer um músculo sequer enquanto ele metia aquela porcaria. Os olhos dele estavam completamente vazios, pareciam olhos de cego."
"Então, num momento completamente louco, desvairada, passei-me da cabeça e pedi-lhe para experimentar um bocado, só para ver que efeito aquilo tinha. "
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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